Ontem:
«aparecia de repente, como uma chicotada no ar frio,
sorria como se me visse pela primeira vez (ou pela última)
- como quem ainda (já) não acredita – E dizia-me «olá» como se estivesse ao telefone»
resta: no eco deste vento, desta chuva, desta náusea calma, esta carícia cor – esta luz ausência.
depois (hoje) – cada quatro – cada pintura – é um desfloramento doloroso e sensual: mais que uma existência, um acto de ser:
também apenas umas aparência – (talvez só uma aparência).
mas enquanto gestual, o acto cénico existe por si e imagina-se não comprometido – como se alcançasse enfim a liberdade e a pureza absolutas (uma certa forma de plenitude) no fantástico.
SEM SENSO
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MARIA TEREZA BRAZ
SEM SENSO
Sabes Teresa
minha vizinha ,
tu que te entreténs
a alimentar as pombas
todas as manhãs,
não podes também saciar
os gatos v...
Há 4 anos
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