sexta-feira, 27 de novembro de 2009

1974 – in catálogo – Galeria Convés – Aveiro

Ontem:


«aparecia de repente, como uma chicotada no ar frio,

sorria como se me visse pela primeira vez (ou pela última)

- como quem ainda (já) não acredita – E dizia-me «olá» como se estivesse ao telefone»

resta: no eco deste vento, desta chuva, desta náusea calma, esta carícia cor – esta luz ausência.



depois (hoje) – cada quatro – cada pintura – é um desfloramento doloroso e sensual: mais que uma existência, um acto de ser:

também apenas umas aparência – (talvez só uma aparência).



mas enquanto gestual, o acto cénico existe por si e imagina-se não comprometido – como se alcançasse enfim a liberdade e a pureza absolutas (uma certa forma de plenitude) no fantástico.

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