quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012


Fazem Bocências a fineza de desculpar a mal alinhavada prosa - fossem outros
os tempos e havia de esmerar o florilégio, aguçar a pena e o engenho (que pou-
co seja, o labor ajuda).
                                     Só que  
 

     do fundo da gruta de eremita ou cela de monge medieval ou espaço de solidão
sòmente, olho os escombros da civilização
                    e pesam-me nos ombros  (os meus anos,  as minhas desilusões? ) as
 vozes de todos os mortos pelos direitos dos outros, a felicidade dos outros - que
silênciam os canalhas - os séculos de libertação desfeitos numa década para que a
escravatura tecnológica do fascismo financeiro se instale (provavelmente sem que
sequer saiba no fundo bem para quê, talvez só porque sim, porque pode).
 
À volta, os senhores das comissões liquidatárias (dos países, da liberdade, da huma-
nidade), nem governantes, nem imbecis, nem,
apenas pobres de espírito catando as migalhas que lhes atiram antes de os despeja-
rem no caixote do lixo onde afinal sempre estiveram sem saber, quando acabarem
o serviço que lhes encomendaram
                                            nem traidores, nem ao menos salafrários, apenas cria-
dos nem sabendo ao certo de quem.
 

À volta as vozes do dono dos media, os defensores dos direitos, as associações de
caridade, as fundações, a democrática escolha entre A e A, a
                                            -  que o resto do alfabeto se refere a terroristas,  anar-
quistas, sindicalistas, desgraçados, desempregados, gentuça individada, jovens sem
futuro, velhos sem presente,  pretos, amarelos, azuis às riscas ( bons para servir de
alvo às bombas dos drones da civilização ). E bolas para a educação, a saúde, a dig-
nidade.
                                  (Já, sei: “toda a palafrenária do populismo”.) - mesmo assim:
 

À volta…
 

 
 

Era uma vez um país que não era, numa europa que não era, num mundo que não
era. Ganiam os cães, corriam os polícias apetecendo-lhe estar em casa mas baten-
do na populaça, que era o que sabiam e lhes tinham mandado fazer. As prostitutas
batiam a estrada,  a banca engordava,  os pobres alimentavam os ricos como lhes
competia, o exército levava  a paz à força às terras do fim do mundo, que nem sa-
biam onde ficavam…
                                                                       eram todos felizes e comiam perdizes
 

Até que. 

----------------------------
 

Enfim, insignificâncias só significantes na situação do olhar.
 

A verdade é que não sou eremita sonhando paraísos, nem monge medieval cantando
hossanas e pintando iluminuras, não tenho uma gruta ou cela de convento de muros
seguros onde me abrigar dos ventos de iniquidade que sopram.
                                                                                                      Talvez nem a so-
lidão de onde olhe estes escombros da civilização, nem afinal o peso dos anos ou as
desilusões:
                           mas nos ombros pesam-me, isso sim, as vozes de todos os mortos
pelos direitos dos outros, a felicidade dos outros e que a canalha quer silenciar.
                                                                                                                         E si-
lenciaria se pudesse para que todos ficassem nivelados à altura da sua (quê?)
 

 

O problema é que no fundo, como se  diz pelas ruas,  99% são 99%, as palavras, as
tintas, as músicas, não são todas dos bobos da côrte.
E há uma coisa a que se chama REVOLTA.

1. “A calma”

2. “A certeza absoluta”


3. “A sociedade de consumo”


4. “Brisa sobre azul”


5. “Clair de lune”


6. “Contraponto e melodia”


7. “Crónicas do capital financeiro (1)”


8. “O beijo”


9. “O concílio”


10. “O espanta pássaros”


11. “O guardião”


12. “O leque chinês”


13. “O lugar comum”


14. “O painel de lembranças”


15. “O yin e o yan”


16. “Os animais domésticos”


17. “Paris nas manhãs de Março”


18. “Penélope e outras mulheres de Atenas”


19. Vermelho


20. "Vi-te de repente enquanto passava"


Exposições mais recentes

2011
INDIVIDUAIS
 
Auditório Municipal
Vila do Conde
 
“Pequenos Formatos e duas ou três Coisas Mais”
Arte do Tempo, Viana do Castelo
 
 
“Coisas no Vento”
Galeria de Exposições Temporárias
Museu Municipal, Resende
 
Biblioteca Municipal
Felgueiras
 
 
COLECTIVAS
 
Irene Costa - Victor Silva Barros
Galeria Municipal - Caminhense
Caminha
 
2ºs Encontros Internacionais de Arte ao redor do Touro
Centro Cultural, Sousel
 
“D’Art-Vez 2011”
Casa das Artes, Arcos de Valdevez
 
Salão Internacional de Artes Plásticas do Alto Alentejo
Centro Cultural, Sousel

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Apenas posso dizer. Uma exposição fantástica com um trabalho talentoso.
CARLOS GODINHO

Bela exposição...recomendo vivamente.


CELESTENUNCIO CNUNCIO

Gostaria de estar presente,mas não posso, no entanto aproveito para dar os meus parabéns ao autor e desejar o maior êxito à Galeria.
Óscar Almeida






Victor Barros







































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