Ontem:
«aparecia de repente, como uma chicotada no ar frio,
sorria como se me visse pela primeira vez (ou pela última)
- como quem ainda (já) não acredita – E dizia-me «olá» como se estivesse ao telefone»
resta: no eco deste vento, desta chuva, desta náusea calma, esta carícia cor – esta luz ausência.
depois (hoje) – cada quatro – cada pintura – é um desfloramento doloroso e sensual: mais que uma existência, um acto de ser:
também apenas umas aparência – (talvez só uma aparência).
mas enquanto gestual, o acto cénico existe por si e imagina-se não comprometido – como se alcançasse enfim a liberdade e a pureza absolutas (uma certa forma de plenitude) no fantástico.
ROMÃ
-
Helena Canotilho
ROMÃ
O menino abriu a romã
batendo-lhe com
uma colher de pau.
Não lhe queria
comer os bagos,
queria só e apenas contá-los,
fazer deles um ...
Há 5 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário