sexta-feira, 27 de novembro de 2009

1 – Artista: S. M. e FEM. – aquele que cultiva as artes liberais; Pessoa que professa uma arte; (popular) operário; ADJ.: que ama as artes, que tem génio, engenhoso, manhoso, artificioso.

 Moral da história, isto não é comigo: apenas procura encontrar coisas nos meus bonecos, ou que alguém as encontre por mim.

Pinto porque me dá gozo este desafio, esta revelação lenta que se materializa na tela em branco, na folha em branco,

na vida em branco apenas acinzentado de manchas variáveis pelas complicações do acido desoxirribonucleico – as tais da hereditariedade.

2 – Também não venho, claro,

descentralizar: V. T. – afastar do centro; distribuir pelas localidades ou corporações locais (atribuições da administração pública).

Trago-vos um vago perfume do norte, nas minhas cores, mais que noutra coisa,

e, pelas minhas contas, o centro deve ficar ali para as bandas de Ponte de Sor, estimada localidade que aliás não conheço – e quanto à administração pública, temos dito; diria até que o público embirra ser administrado, com vossa licença, com toda a razão.

3 – Daí que períferia: S. FEM. – contorno de uma figura curvilínea, perímetro, âmbito, circunferência (que quererão algumas vozes significar com isto) não me diga grande coisa.

4 – Província: S. FEM. – Divisão territorial ou administrativa de alguns estados, divisão, conjunto dos conventos de uma ordem religiosa.

Não sou frade, mas sou provinciano:

o nosso Estado é dos tais que se dividem em províncias, a crer no mapa da minha agenda – esplêndido atlas geográfico-administrativo, oferta da firma X, passe a publicidade.

E ao dizer-se provinciano, assumo a consciência da especificidade do meu espaço, as suas capacidades criadoras, a sua memória colectiva, ao mesmo grau das minhas projecções universalistas.

Parece-me que isto não é nada de extraordinário, e talvez, seja devido apenas ao normal desenvolvimento da cabeça provinciana:

Não sofremos de macrocefalia (S. FEM., que dizem significar o desenvolvimento anormal da cabeça, ou parte dela) – deficiência aparentemente vulgar em certas zonas, estratos e indivíduos, as mais das vezes reconhecível pela utilização hermética e iniciática (de «Vago» perfume pejorativo) com que se utilizam certas
palavras:
Artista, descentralizar, periferia, província, por exemplo – como se se usassem para descrever aventurosas expedições, quiçá de caça, a ignotas florestas virgens.

6 – O que, evidentemente, é uma idiotice,

S. FEM.: maluquice, procedimento ou qualidade idiota.

(idiota – ADJ., S. M E FEM.: parvo; o que tem deficiência intelectual; imbecil).

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